quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

As cidades

O aparecimento das cidades foi uma consequência da agricultura e da fixação do Homem a um determinado lugar. Antes do Homem se dedicar à agricultura, não havia cidades, quanto muito, havia aldeias, mas sem carácter de fixação permanente, ou seja, como o Homem era essencialmente caçador e recolector, ele vivia em grande intimidade com os ciclos da Natureza: iam para onde a Natureza lhe proporcionava alimento.
Com a agricultura, o Homem já podia armazenar alimentos, pelo que começaram a surgir aglomerações populacionais com um carácter permanente.
Como é óbvio, é perfeitamente plausível que os primeiros locais que mais atraíram as populações para uma fixação permanente, foram locais que pudessem garantir a sobrevivência desses agrupamentos humanos. Assim, esses locais tinham obrigatoriamente de possuir água (naquele tempo não havia ainda poços nem muito menos água canalizada), pelo que os locais planos situados nas margens do rios, foram os privilegiados.  Estes locais além de fornecerem água também mantinham as suas margens ricas em nutrientes, o que era óptimo para a agricultura, sendo solos férteis. E também forneciam alimento através dos peixes.
Sabemos pelo estudo da História, que grandes rios (como o Nilo -  em África, o Tigre e o Eufrates - na Mesopotâmia [actual Iraque], o Indo e o Ganges - na Ásia/Índia) foram o berço da grandes civilizações, o que não é de estranhar, pois reuniam as condições acima descritas. O aparecimento de cidades, que foi fruto da sedentarização do Homem, deu origem a outras cidades e outras actividades...
Em geografia chama-se o sítio à localização exacta do espaço que originalmente deu origem à cidade.
A escolha desse sítio, não era feita ao acaso e correspondia a determinadas necessidades: circulação, trocas comerciais, defesa. Deste modo, começaram a surgir cidades com formas diferentes e com funções diferentes.

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